Em uma recente divulgação de ganhos da empresa, o CEO da EA, Andrew Wilson, chamou o fenômeno das NFTs de “o futuro da nossa indústria”.
“Acho que no contexto dos jogos que criamos e nos serviços ao vivo que oferecemos, o conteúdo digital colecionável terá um papel significativo em nosso futuro”, disse Wilson.
O conteúdo digital colecionável é toda a base do modelo Ultimate Team da EA, que já faz da empresa uma impressionante 28% de sua receita anual – US$ 1,5 bilhão apenas no ano passado.
A EA é uma empresa de videogames ridiculamente rica, não precisa participar de práticas ambientalmente antiéticas e insustentáveis. Provavelmente, ele só quer ainda mais dinheiro. A ganância parece ser a verdadeira força motriz por trás dos NFTs. Até o Neopets está fazendo isso.
A EA não é a primeira empresa de videogame a expressar interesse em expandir para a nova tecnologia. Os NFTs são recibos digitais que comprovam a propriedade “verdadeira” dos ativos online. Mesmo que qualquer pessoa possa ter uma cópia de qualquer imagem online, apenas o proprietário do NFT terá a cópia verdadeira, o original.
O principal problema é que as transações de blockchain que criam NFTs usam quantidades absurdas de energia. De acordo com um relatório do The Verge, o NFT médio tem a mesma pegada de carbono de alguém que gasta um mês de eletricidade. É insustentável.
Os NFTs para videogames significam que você pode ser a única pessoa que realmente, realmente, honestamente, possui genuinamente um item do jogo, como uma arma ou skin de personagem. Você verá um pequeno ícone ao lado do seu nome – ou algum marcador – para que todos em seu sala saibam que você se endividou e queimou uma floresta – talvez chutou algum cervo na cara enquanto estava nisso – só para que você pudesse ” possuir “uma skin roxa com estampa de tigre.
A Ubisoft também anunciou seu interesse na tecnologia “play-to-earn” ou “jogue para ganhar”, acreditando que ela permitirá que os jogadores “realmente ganhem conteúdo”, porque não é mais suficiente ter um item no jogo. Você precisa de um recibo impresso no papel de um milhão de árvores para provar que você “realmente” o possui.
