Alvo da Máfia na Netflix se destaca por ser um filme de ação repleto de clichês do gênero, com um atirador de elite em busca de redenção. Dirigido por Wych Kaosayananda, conhecido por focar em cenas de combate, o filme traz Peter Weller (Robocop) e Michael Jai White no elenco. Apesar de sequências de ação bem coreografadas, a produção carece de originalidade e se perde ao não aprofundar sua premissa, configurando-se como mais um título genérico nos serviços de streaming.
Chegou ao catálogo da Netflix **Alvo da Máfia**, o filme que tem dado o que falar entre os amantes de ação. Mas será que o longa realmente entrega uma experiência à altura do que se espera de um Top 1 da plataforma? Prepare a pipoca para analisar essa produção que tenta, mas esbarra nos clichês do gênero.
A ascensão (e queda) de um assassino em busca de redenção
Em Alvo da Máfia, somos apresentados a um atirador de elite que, como muitos outros no cinema, busca uma nova chance. Ele está cansado da vida de assassinatos e quer deixar o passado para trás. Essa é uma premissa clássica, um trope familiar. O filme segue aquele caminho já conhecido de um “último trabalho” que dá errado, colocando o protagonista em uma situação complicada.
A tentativa de redenção, no entanto, é logo ofuscada. O roteiro não consegue dar a profundidade necessária a essa jornada. Vemos o personagem tentar proteger uma mulher que está ligada à máfia, mas suas motivações não são totalmente claras. A história se desenrola com muitas cenas de perseguição e confronto, mas a emoção de uma verdadeira transformação fica superficial. É um ciclo de altos e baixos, como se o filme não conseguisse decidir se quer ser um clichê assumido ou algo mais profundo.
O que esperar: ação, clichês e pouca originalidade
Ao assistir a Alvo da Máfia, você encontrará um prato cheio de cenas de ação. Há tiroteios intensos, perseguições de carro e muitas explosões. É o pacote completo para quem busca adrenalina visual. O problema é que, apesar da quantidade, a originalidade fica em segundo plano. Muitos dos momentos de ação parecem ter saído de outros filmes do gênero.
Os clichês são uma parte marcante do filme. Temos o herói atormentado, a mulher em perigo, o vilão impiedoso e a redenção forçada. Esses elementos já foram explorados muitas vezes. A trama não apresenta reviravoltas surpreendentes. Você consegue prever grande parte do que vai acontecer. Isso pode tirar um pouco do brilho para quem espera algo novo e fresco.
Embora a ação seja bem coreografada em alguns momentos, falta um senso de inovação. Não há nada que realmente faça você pular da cadeira por ser inesperado. O filme se apoia nas fórmulas que já funcionaram antes, mas sem dar um toque pessoal ou uma nova perspectiva. No fim das contas, é um filme de ação que entrega o básico, sem se arriscar muito.
Wych Kaosayananda: a visão por trás da câmera
Wych Kaosayananda, também conhecido como Kaos, é o diretor por trás de Alvo da Máfia. Ele não é um novato no mundo do cinema de ação. Kaosayananda já dirigiu outros filmes com bastante foco em sequências de combate. Por exemplo, ele trabalhou em projetos como Fúria em Duas Rodas (Ballistic: Ecks vs. Sever), que também é conhecido por sua ação intensa.
Sua marca registrada costuma ser a tentativa de criar visuais impactantes e cenas de luta bem coreografadas. Em Alvo da Máfia, essa característica é visível. As cenas de tiroteio e perseguição são o ponto alto da técnica de Kaosayananda. Ele sabe como filmar a adrenalina. No entanto, por outro lado, o desenvolvimento dos personagens e a profundidade da história muitas vezes ficam em segundo plano em suas obras.
A visão de Kaosayananda para este filme parece ter sido entregar uma experiência visual de ação sem grandes inovações no roteiro. O resultado é um filme que cumpre o que promete em termos de explosões e tiros. Porém, não oferece muito além disso. Para quem já conhece o trabalho dele, a direção em Alvo da Máfia não será uma surpresa. É o estilo familiar de um diretor que prioriza a forma sobre o conteúdo.
O elenco: robocop e outros rostos conhecidos
Em Alvo da Máfia, o elenco traz alguns rostos que talvez te sejam familiares. O protagonista é interpretado por Peter Weller, o famoso Robocop. Ele traz uma certa gravidade ao papel, mesmo que o personagem nem sempre tenha muito a dizer. Fãs de filmes de ação dos anos 80 e 90 certamente o reconhecerão.
Além de Weller, o filme conta com a presença de Michael Jai White. Ele é conhecido por seus papéis em filmes de artes marciais e ação direta para vídeo. Sua participação garante algumas cenas de luta mais elaboradas e intensas. Contudo, seu personagem não tem muito espaço para desenvolvimento. Ele serve mais como uma presença de força física.
Outros atores compõem o elenco, adicionando um ar de familiaridade. Apesar dos nomes conhecidos, o roteiro não oferece aos atores a chance de brilhar de verdade. Eles ficam presos a papéis que já vimos muitas vezes. Não há performances memoráveis que se destaquem. A impressão é de que o filme investiu em rostos que o público reconheceria, sem dar a eles material para uma atuação impactante.
Por que “Alvo da Máfia” se perde na sua própria premissa
Alvo da Máfia tenta contar uma história sobre um assassino buscando redenção. Essa é uma premissa forte e com grande potencial. No entanto, o filme se perde no meio do caminho. Em vez de desenvolver essa ideia, ele opta por uma série de cenas de ação que não avançam a narrativa. A chance de explorar a complexidade do personagem é deixada de lado.
O roteiro, ao invés de focar nas motivações e no conflito interno do protagonista, direciona a atenção para clichês. A busca por vingança ou proteção de uma figura feminina já foi vista muitas vezes. Mesmo com as boas intenções dos personagens, a trama não consegue ir além do básico. As escolhas narrativas fazem com que o filme não saia do lugar comum.
A consequência é que o público não se conecta de fato com a jornada do assassino. Não há um investimento emocional na sua redenção. O que poderia ter sido uma história envolvente se torna só mais um filme de ação com uma trama superficial. Alvo da Máfia acaba sendo apenas um filme que promete muito, mas entrega pouco no desenvolvimento de sua própria premissa.
O veredito: mais do mesmo nos streamings?
Após analisar a fundo Alvo da Máfia, chegamos a uma conclusão: o filme é mais do mesmo no universo dos streamings. Ele não adiciona nada de novo ao gênero de ação com elementos de máfia. Se você procura um filme para passar o tempo, com sequências de luta e tiro, ele pode servir. Mas não espere nada além disso. A falta de originalidade é um ponto-chave.
A Netflix, que tem investido pesado em conteúdo próprio, oferece uma vasta gama de filmes. Muitos deles, infelizmente, se perdem no meio da multidão. Alvo da Máfia se encaixa nessa categoria de produções que tentam replicar fórmulas de sucesso sem o tempero extra que as tornaria especiais. É um filme para ser assistido sem grandes expectativas.
No fim, a experiência de assistir Alvo da Máfia é similar a de ver diversos outros títulos disponíveis. Há ação, um enredo simples e atuações competentes, mas nada que realmente prenda a atenção ou gere uma conversa após o término. É uma opção para quem já assistiu a tudo e quer algo familiar. Não é um filme que ficará na memória, mas apenas mais um na lista de opções.



